Senado recua e reconsidera impeachment de Collor em exposição

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Por Sandra Mesquita

A repercussão negativa, sobre a omissão do fato histórico, fez com que presidente da Casa mandasse incluir os painéis com imagens

Um dia após ter inaugurado a exposição que conta os principais fatos históricos da instituição e diante da repercussão negativa, o presidente José Sarney, recuou e determinou a inclusão das imagens que tratam do impeachment.

Em vídeo postado no blog do Senado, na terça-feira, dia 31/05, Sarney afirma que não é o curador da exposição de fotos que integram os painéis, por isso não foi sua responsabilidade excluir o impeachment.

Entenda o que aconteceu

Na segunda-feira, dia 30/05, o presidente do Senado, José Sarney, participou da inauguração da nova exposição do Casa, mas causou estranheza a omissão do impeachment de Collor.

A exposição trata da história do senado e do Congresso Nacional, contada em 16 novos painéis, abordando temas como a abolição da escravatura (1888), o Ato Institucional nº. 5 (1968) e a Constituição Federal de 1988. A criação dos painéis foi feita pela equipe de Criação e Marketing da Secretaria de Comunicação do Senado (Supres/Secs) e levou seis meses.

A exposição omitiu um fato importante na história brasileira, o impeachment de Fernando Collor de Melo. Collor foi o primeiro presidente eleito pelo voto popular após o Regime Militar. Em meio a acusações de envolvimento em escândalos e suspeitas de corrupção, como tráfico de influência e irregularidades financeiras foi destituído da presidência da república.

Na época, o ex-presidente chegou a renunciar, mas o Senado aprovou a saída do cargo e a perda dos direitos políticos por oito anos, que foi motivada por forte pressão popular, principalmente por parte de um movimento de jovens e estudantes que ficaram conhecidos como os "caras-pintadas".

O Senado justificou a ausência informando que o foco da exposição mostra a produção legislativa do Congresso Nacional. Já o presidente José Sarney, ao ser questionado, disse que coube aos historiadores decidirem pela não menção ao Impeachment.

 “Não posso censurar os historiadores que foram encarregados de fazer a história. Acho que talvez esse episódio seja apenas um acidente que não devia ter acontecido na história do Brasil. Mas, não é tão marcante como foram, os fatos que estão contados.Foram os que construíram a história e não os que, de certo modo, não deviam ter acontecido”, afirmou Sarney.

Fonte: Agência Senado e Portal G1

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