Artigo - Até exportar é ruim

Uma das churrascarias mais caras do Brasil ganha espaço internacionalmente. Fogo de Chão já marcou o lucro do último ano com maior percentual de faturamento nos EUA, quando comparado a resultados nacionais. 72% de seu ganho veio do maior país norte-americano e somente 28% do Brasil. Daí eu questiono, quais as razões para esta desproporcionalidade, se existem mais unidades do Brasil?

Alguns diriam que é pela sociedade brasileira, onde muitos não possuem condições de pagar aproximadamente R$ 140,00 por pessoa num rodízio. Em minha opinião estão certos os que pensam assim. Esta matéria sobre a ampliação do restaurante internacionalmente, com a abertura de mais 4 unidades até o final do ano, sendo1 em São Paulo e as demais 3 nos EUA, é publicada no mesmo dia da pesquisa que aponta, que o salário mínimo brasileiro deveria ser mais que R$ 2 mil.

Atualmente é muito comum escutar, ler ou ver pessoas dizendo que temos um desenvolvimento incrível com a classe B e tudo está crescendo, mas há pessoas famintas, ou melhor, passando fome e vivendo com menos do que a ONU (Organização das Nações Unidas) determina como o piso da “pobreza”, num país onde há, ainda, muita injustiça social. Então vem uma pesquisa dizer que o nosso salário mínimo não é suficiente e juntamente, um restaurante brasileiro, fundado em Porto Alegre (RS), não acredita mais em seu país nem que sua economia irá melhorar.

Vale lembrar que os EUA estão em crise ainda, mas isto não impede que seu crescimento seja maior que o do Brasil.

Uma vergonha para o brasileiro que só é patriota na copa ou quando a passagem aumenta R$ 0,20.

O lado positivo? Ah, o nosso churrasco será mundialmente conhecido por uma marca como Fogo de Chão, que é cara e nem todos brasileiros já experimentaram. O inverso do McDonald’s, que é mais barato lá do que aqui. Aliás, não há ponto positivo para o brasileiro, somente para os acionistas do Fogo de Chão.

Cleber Carvalho
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Comentário - A guerra na Síria não é nossa

A guerra civil na Síria já alarmou dezenas de países quanto às consequências de nível mundial trazidos por ela.

Novamente vemos duas potências disputando o “poder”, Estados Unidos e Rússia como na guerra Fria na qual, de novo estão se apoiando em uma país pobre. O que diferencia este conflito é que agora armas, assassinatos e torturas estão muito mais evidentes. Outro ponto que merece destaque é que agora sim, o mundo acredita mais no poder de armas químicas e biológicas, que sim, são reais.

Conseguimos sentir um ar de chantagem no ar. Quem sofre são os sírios, os soldados americanos e a população em geral. Já que outras religiões estão rezando por pessoas que guerreiam por um Deus que não se agrada com o que seus olhos veem. 

Ouso me  colocar no lugar do povo sírio e defendo: Essa guerra não é nossa!

Cauana Moraes 
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Enquanto isso, no Rock in Rio...

Charge - Jéssica Lima
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Comentário - Fim da Linha

A notícia que chocou os jovens na manhã de hoje, sobre a morte do guitarrista Champignon, da banda Charlie Brown Jr. está longe de ser um fato isolado. Assim como seu companheiro de estrada, Chorão, o músico viu seu fim em uma madrugada de domingo triste em São Paulo.
        
Infelizmente é esse o retrato da nova juventude brasileira. Não têm porquê lutar; não tem por quem lutar. Cada vez mais imersos no mundo virtual, os jovens enfrentam uma realidade solitária. Em ambos os relatos sobre os dias que antecederam às mortes desses dois artistas, um ponto em comum: a solidão.

Estariam nossos jovens cansados da vida? Não; ou não exatamente. O que se pode ser nessa geração é a falta de perspectiva. O que se encontra, no rico e no pobre, é a falta de um outro alguém. O que leva um ser humano a dar fim à sua própria vida?

Talvez seja o fato de que não se sintam parte do mundo que vivem hoje. 

Talvez seja a maneira como nos fazemos perfeitos virtualmente, sendo tão errantes no mundo real. Talvez seja por termos tantos amigos 'online', mas nenhum verdadeiro quando estamos 'off''.

Talvez esses casos de grande repercussão sejam apenas grandes exemplos do que acontece todos os dias no mundo todo. Seja com uma overdose de droga, com um tiro na boca ou com um grito de socorro transformado em verso, nossa juventude está se matando. Nossas famílias estão se matando. Nossa vida está nos matando.

E é aí que pergunto, até quando vamos continuar morrendo? Até quando vamos precisar dizer adeus tão cedo? Até quando estar sozinho é realmente ser sozinho? Até quando?

Camila Cardoso
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Charge - 5x4


Thalita Monte Santo
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Artigo - Glórias do Futuro

Após quatro anos, com desempenho apático, o time do São Paulo baixa a guarda e contrata novamente o técnico que fez uma trajetória vitoriosa no tricolor paulista, Muricy Ramalho.

Tricampeão brasileiro entre 2006 e 2008, o São Paulo deve muito a esse mal humorado e capacitado treinador. Mas bastou a eliminação na fase "mata-mata" da Copa Libertadores, para o Tricolor abrir mão de Muricy e encerrar a parceria e o ciclo vitorioso do São Paulo.

A partir da demissão de Muricy em 2009, o time não apresentou grandes vitórias para seus exigentes torcedores. A mais representativa foi a Copa Sulamericana, conquistada no ano passado.

Pois bem, o “Soberano” se encontra em má fase. Mesmo com bom jogadores em campo como os atacantes Paulo Henrique Ganso e Luís Fabiano, o grupo registra o pior desempenho de sua história com 14 jogos seguidos sem vencer, e atualmente luta para não cair para a segunda divisão. Sua mais recente queda foi contra o recém-chegado da segundona Coritiba, por 2x0. Após a derrota, o técnico Paulo Autuori caiu e o já aclamado pela torcida para tirar o tricolor da degola, Muricy Ramalho, foi contratado novamente.

A missão do técnico no segundo turno será revigorar e trazer de volta o time vencedor exemplo de grandes vitórias no Brasil e no exterior. Sua chegada, já mostra uma reação do time. Em quatro jogos, foram três vitórias seguidas e apenas um pequeno deslize de 1x0 sobre Goiás no último domingo.

Muricy é a esperança de torcedores e diretoria para que o São Paulo, assim como seu hino diz, não viva apenas de “glórias do passado”.

Mariana Estevam Pedreira
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Obsoleto


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Mil Almas

Escrito em 1927 pelo escritor Hermann Hesse, Nobel de literatura, o lobo da estepe conta a estória de Harry Haller,um homem erudito saindo da casa dos quarenta anos com uma grande insatisfação do mundo em que vive,sofrendo de uma crise existencial decide que aos cinqüenta anos optaria pelo suicídio.
Harry é um desiludido com o mundo e com a chamada vida burguesa  que é constantemente criticada na obra, pois considerava limitada e mesquinha,embora em algumas partes do romance expressa em atos suas contradições,como por exemplo freqüentar o bares burgueses e se entorpecer,mostrando assim o seu lado humano acima do intelectual.
Em uma de suas aventuras pelos bares, conhece herminia,uma cortesã de luxo,a personagem se mostra mais sábia que o próprio protagonista e lhe explica que ele não é apenas o lobo da estepe,como auto-denominava
A parte animal do ser, irracional  é a parte lobo,e a intelectual,racional, a parte  homem  Hermínia conta que todos somos fragmentos  de um grande todo, em busca de nós mesmos,não apenas bom e mau, feliz ou triste,lobo ou homem,mas tudo isso junto em pequenas peças desse grande quebra cabeça.
Ao decorrer do livro, Harry entra em contato com o teatro mágico, onde o lema é que para entrar era necessário deixar a razão para fora, uma alusão ao seu próprio ser, o seu interior, onde cada porta representa seus medos, desejos e alegrias.

A melhor forma de entrar em contato com essas questões é a leitura propriamente dita, recomendo não só por questões como a critica burguesia da época, mas também por temas mais profundos do ser, como sua personalidade e o modo como reage ao mundo. Eu me vi por diversas vezes na pele do lobo, que apesar de cinqüenta anos possui traços de personalidade que me pertencem, não apenas uma “alma” mas mil.

Lucas Gonçalves
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Canções para dias nublados

Um CD nacional inteiro produzido no quarto de um apartamento, algumas 

letras sobre vida, morte, tempo. Intitulado por “Canções de Apartamento”, o CD do 

cantor Cícero é uma produção independente que foi disponibilizada para download 

gratuito em julho de 2011.

A sonoridade climática do álbum, que passa entre acordes de violão acústico 

a uma sanfona contemporânea e o  bass de uma bateria que se alterna entre leve 

e exagerada, faz trilha sonora para dias nublados, solitários e de alguma dor quase 

irremediável.

A vida que percebemos nas músicas pode ser a vontade de prosperar, de 

mudar, de conhecer o novo, de reencontrar pessoas e reviver histórias. “Tempo de 

Pipa” é a balada mais animada desta obra sensível.

Cícero acertou em deixar explícito suas influências musicais que vai de 

Radiohead, Tom Jobim e Caetano e passa pela atual cena musical que o Brasil vive: 

a tecnologia a favor da produção. O ponto alto do CD fica por conta de “Açúcar ou 

Adoçante?” que é a reencarnação do que é a dor da perda e a insegurança que nós, 

seres humanos, sentimos em qualquer processo de mudança.

“Canções de Apartamento” vale todos os minutos dedicados a entender e 

sentir cada faixa.

                                                                              Mônica de Souza
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Editorial: O masoquismo da imprensa

A automutilação da profissão


A PEC 33/2009 que reestabelece a obrigatoriedade de diploma para a profissão 

de jornalista, está a um passo de ser regulamentada oficialmente e derrubar de vez 

a decisão do Supremo Tribunal Federal que em 2009, destituiu de forma arbitrária 

a exigência do diploma para exercício da função de jornalista no país. Os ministros 

do STF e pasmem alguns veículos de comunicação renomados, argumentam que a 

obrigatoriedade de formação superior em jornalismo é inconstitucional, pois se trata de 

restringir a liberdade de expressão e informação na imprensa brasileira. Eles afirmam 

que países desenvolvidos não exigem o diploma e que qualquer pessoa de nível superior 

tem capacidade técnica e senso crítico para exercer a profissão, explanando suas ideias 

através da prática jornalística.

É lamentável que parlamentares e até mesmo profissionais da área de 

comunicação se assumam favoráveis à extinção do diploma, alegando que o jornalismo 

não é uma ciência e que o exercício de sua profissão não exija cuidados e critérios 

éticos para compor a boa informação. Além dessas alegações infundadas, eles afirmam 

que a exigência do diploma é fruto de um corporativismo sindicalista e universitário, 

buscando apenas interesses financeiros. Realmente está clara a existência de um 

interesse corporativista, interesse este que vai desvalorizar a profissão, já que as 

empresas de comunicação poderão recrutar e remunerar “jornalistas” com baixos 

salários, oferecendo péssimas condições de trabalho e ainda contribuir para uma 

concorrência desleal para aqueles que se empenharam em buscar uma formação 

qualificada. Apenas um profissional formado na área entende o real valor de sua 

produção intelectual e saberá exigir as condições mínimas necessárias para que ela 

aconteça, assumindo com responsabilidade seus textos e produções informativas. O 

profissional graduado em jornalismo entende que sua conduta diante da sociedade é de 

formador de opinião é que para isso exigem critérios compreendidos ao longo de sua 

vida acadêmica. 

O jornalismo como em qualquer outra ciência exige a aprendizagem de técnicas 

e saberes específicos para manusear sua matéria prima essencial: a informação, isso é 

credibilizar a imprensa.  É necessário muito mais do que um senso crítico, habilidade 

que se espera de qualquer ser humano letrado, o jornalista precisa ter sensibilidade e 

responsabilidade para relatar os fatos protagonizados pelos agentes sociais que compõe 

a sociedade para qual trabalha, este compromisso só os jornalistas bem orientados 

compreendem. 

Todos os que são contra alegam que o fim do diploma garante exercício de 

democracia, mas na verdade estão desencorajando a verdadeira imprensa livre, sadia e 

bem forjada pronta para lutar contra as desigualdades e imoralidades deste país. 


                                                                              Ana Paula Sciolli.

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