Paciente trata doença
com remédio obtido sem custos após envio de carta a Brasília
Por Dener Sabino, Gisele
Moniz e Heila Lima
“Se eu cair, não levanto mais”, alerta Cidalice (Dener Sabino) |
Cidalice Pereira do Amaral Gomes, 61, realiza
tratamento de osteoporose, doença degenerativa óssea, com medicamento de alto
custo que recebe mensalmente do governo. A paciente passou por médicos
particulares por três anos, que constataram que seu caso era grave e seria
necessário receber injeções diárias durante dois anos, que custam R$ 2 mil.
Sem
condições de adquirir o medicamento, a dona de casa, que reside no bairro de
Vila Curuçá, Zona Leste, procurou o Sistema único de Saúde (SUS) para conseguir
a medicação gratuitamente. Após instruções, a paciente mandou seus exames e
laudos médicos para Brasília e conseguiu a liberação do remédio Teriparatida
Forteo.
A Teriparatida é fabricada na França e distribuída no Brasil (Dener Sabino) |
A
médica Suelly Medeiros explica que a doença tem duas fases, inicia-se com
osteopenia, seguida pela osteoporose. Decorre do declínio de massa óssea, que
começa entre 30 e 35 anos, mas só se manifesta nas mulheres por ocasião da
menopausa, e mais tardiamente nos homens.
A assistência farmacêutica da Secretaria da Saúde nos informou que o tratamento
à base de Teriparatida Forteo não consta na lista de medicamentos distribuídos na
rede pública da prefeitura ou do governo e que pacientes com osteoporose
costumam receber o remédio Alendronato. O documento foi atualizado em novembro de
2011 e pode sofrer alterações este ano.
“Durante 20 dias fui ao posto de
saúde, mas agora já aplico em casa”, afirma Cidalice. Apesar de ainda se
incomodar com as dores, receber o medicamento é um alívio, segundo a dona de
casa.
Como o caso é raro, é
possível que não entre para a relação oficial de medicação, já que a paciente
entrou em contato com órgãos do governo em Brasília para conseguir o
medicamento.
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