Um sucesso a parte, um sucesso que faz parte

terça-feira, 10 de abril de 2012


Por Alexandre Ciardulo Trindade

Alexandre Cello
(Arquivo Pessoal)
Iniciei meus estudos de violoncelo em 2005, com 17 anos, mas essa história não começa tão tarde assim. Desde pequeno convivo num ambiente musical, e toda minha influência e motivação estão relacionadas com o que vi na igreja e em casa com minha mãe e irmã, que são grandes apreciadoras da arte.

Quando tinha 11 anos, dei meus primeiros passos nesse mundo, e comecei estudando trompete com o maestro e trompetista Sidnei Marques. Tudo que sei e o que posso exprimir na arte da música aprendi com ele. Ainda nas primeiras aulas, percebi o prazer de não só apreciar a música, mas também de executá-la. Alguns anos depois, me entreguei à verdadeira paixão – o violoncelo. Um instrumento de arco que séculos atrás ganhou grande espaço na música erudita, e hoje podemos escutar em diversos gêneros, principalmente na música popular brasileira. Seu som é o que mais se assimila com a voz humana. Quem escuta as suítes de Bach, compostas especialmente para violoncelo, sabe que é impossível não se emocionar.

Com o passar do tempo, fui convidado a participar da OTR (Orquestra Tributos ao Rei) e permaneço nela até hoje. É uma grande experiência, porque convivo com pessoas que têm a mesma paixão que eu, e que têm o dom de elevar o coração das pessoas a Deus.

Quanto mais convivia e me dedicava a essa arte, oportunidades incríveis surgiam. Aos 18 anos, entrei no Conservatório Municipal de Música de Guarulhos, em busca de aperfeiçoamento, estudei Teoria Musical com professora Débora, e Violoncelo com professor Fábio Pellegatti. Com apenas alguns meses, Pelegatti me convidou para participar do Garucellos, um quinteto de violoncelos.

Ao entrar para o grupo, tive a oportunidade de fazer música para um número maior de pessoas, pois realizávamos alguns eventos na cidade, em especial no Teatro Adamastor. Não sou um músico profissional, por não viver financeiramente dessa arte, mas a disciplina que adquiri ao me dedicar ao instrumento me inspira na minha vida profissional também, onde atuo como assistente contábil.

Nesse período já estava totalmente entregue ao instrumento. Aprendi que qualquer sucesso está absolutamente relacionado à dedicação e isso me impulsionava de tal forma que não conseguia ficar um dia sequer sem estudar.

Em 2012 fui convidado pra ser regente da OTR (Orquestra Tributos ao Rei). Não tenho dúvidas de que essa é a maior experiência de todos os tempos na minha vida. Realizamos diversos eventos, tanto religiosos, como seculares. Tocamos na igreja, em casamentos, realizamos cantatas, musicais etc. É uma orquestra incrível. Nesse caso, acredito que o nosso sucesso não está condicionado apenas á dedicação, mas á amizade que temos uns com os outros. É uma verdadeira harmonia.

Em qualquer livro de teoria musical, a música é definida como a arte de manifestar os diversos afetos de nossa alma, mediante ao som. Com a música, as pessoas alegram-se, choram, riem e uma coisa é certa: elas nunca permanecem as mesmas. Não tenho dúvidas de que essa arte alimenta meu espírito e me motiva em qualquer área de minha vida. Com o violoncelo, me sinto mais perto de Deus, não consigo me imaginar sem ele.
                        

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