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Comentário: Saúde e Bem-estar
Andar
em São Paulo é sinal de contrastes. Uma hora você pode caminhar pelas belas
calçadas da Avenida Paulista como também pode pisar em um morador de rua ou
torcer o pé nas calçadas quebradas da cidade.
As
praças de lazer são deploráveis. Aqui na Zona Leste encontra-se tudo, mas
poucas opções para diversão. Quadras sem grade de proteção, traves ou tabelas
de basquete, mesas de xadrez deterioradas, pouca iluminação, lixo espalhado e
até bancos quebrados compõem o cenário desses “recantos”. Não fosse bastante, o
cidadão de bem que procura relaxar sente-se ameaçado com a presença de jovens
que ocupam bancos e mesas para consumir drogas e lá deixar a desagradável
fumaça que deixa ainda mais apagada a importância que o
pobre recebe.
Se o
atual prefeito, visivelmente elitista, olhasse para os menos favorecidos, veria
que não é nada fácil a realidade do peão de obras que acorda de madrugada para
trabalhar, chega à noite e ainda tem que encontrar tempo para destinar aos
filhos. Se a atual gestão se preocupasse com o lazer dos pobres, trabalharia
para fornecer o bem necessário para que o peão possa levar seu filho aos fins
de semana para jogar bola em uma quadra ou até mesmo permitir que sua cria
fosse sozinha brincar com os amigos sem temer o pior. Mas a alta sociedade que
ocupa o gabinete do Prefeito entende como lazer viajar de helicóptero para
chegar ao trabalho, trabalhar três dias por semana e após o expediente jogar
uma bela partida de golfe para desestressar.
O
bem-estar da periferia depende de quadras estruturadas, maior área verde e manutenção
do patrimônio. Não adianta simplesmente jogar as migalhas para o povo, senão o
tal peão acabará comendo as sobras, tal qual aquele pombo incômodo que vive à
procura de comida nas praças.
Por Henrique Santiago
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