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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

(Banco de Imagens)


Artigo: Ciência e Tecnologia

Em meio a um protesto de ex-funcionários de distribuidores independentes da Apple que foram engolidos pela própria loja da marca, o Iphone 5 era aguardado pelos seus fãs, ou melhor dizendo, pelos seguidores da seita intitulada Apple.

Funcionários da própria Apple também protestavam pedindo o direito ao vale alimentação e ao 13º salário. Mas nada era capaz de tirar o entusiasmo dos que aguardavam na fila, ansiosamente, para ter o seu Iphone 5 nas mãos. Mais pareciam cães olhando o frango assado pelo vidro  na padaria.
          
Das matérias publicados pela imprensa, um jovem de 17 anos fez o seguinte comentário: “Eles estão estragando a festa”. Afinal, ameaçavam tirar o brilho do espetáculo.

A qual festa se refere o jovem que provavelmente esteja a horas, quiçá dias, naquela fila para comprar o mais novo lançamento da Apple? Outro fato bastante provável é que este jovem já possuísse o Iphone 4. Contudo, ele precisava do mais novo lançamento. O mais tecnológico. O mais top.

O mais do mesmo!

Sim, sem nenhum artifício revolucionário o aparelho foi lançado. Com míseras novas características: meia polegada maior, conector menor, mais fino e maior capacidade de armazenamento.

O aparelho mais aguardado pela seita Apple, ainda daria mais o que falar. Os mapas de localização, que a empresa fez questão de desenvolver de forma autônoma, para que os clientes não utilizassem os da Google, apresentaram inúmeras falhas, motivando manifestações de desagradado pelos viciados na marca. 

Problema ocasionado pelo egoísmo da empresa que pleiteia o domínio tecnológico no mundo, submetendo os usuários a utilizarem apenas as suas plataformas.

Se a Apple é como droga? Viciante? Não sei, nunca experimentei. Pode ser que ela me domine e me transforme em mais uma megalomaníaca por seus produtos. Sem apologias, cabe apenas levantar questionamentos sobre até onde uma marca pode dominar os seus usuários.

Com lançamentos de produtos com minúsculas inovações e mesmo sem pagar adequadamente seus colaboradores ou mesmo sem se preocupar em colocar aplicativos testados e funcionando corretamente no mercado, a marca, ou melhor a seita, conquista cada vez mais adeptos.

Por Lucilene Oliveira

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