Adolescência Hi-Tech

quinta-feira, 22 de novembro de 2012



Por Joaz Nunes

Sempre que saio para trabalhar, aproximadamente às 7 horas da manhã, encontro alunos do Colégio Argumento, uma escola particular perto de casa, indo estudar. Entre eles vai o Lucas, um vizinho meu, filho do João antigo morador do bairro. Outro dia reparei que em um grupo de 5 estudantes, com idade de mais ou menos 11 ou 12 anos, todos tinham celular, videogames portáteis, e dois deles, entre esses dois o Lucas, levavam notebooks para a escola. Logo que olhei pensei: Esses garotos mal acordam e antes mesmo das 7 horas da manhã, já estão conectados em redes sociais e jogos on line. Até que ponto essa conectividade com a internet e recursos eletrônicos, interferem no crescimento e no desenvolvimento educacional e social desses adolescentes?

Conheço o Lucas desde que nasceu. Lembro que vi esse garoto aprender a falar ao mesmo tempo que aprendia a jogar videogame com seu pai, um outro viciado em jogos eletrônicos. Lucas é uma criança muito inteligente. Dos moleques lá da rua, ele sempre foi o mais esperto. Um típico garoto do começo do século XXI, acompanhando as facilidades modernas e totalmente ligado aos novos adventos tecnológicos. Aos 7 anos de idade, ele já ganhou o seu 1º celular para que seus pais pudessem se comunicar com ele no intervalo das aulas ou no horário da escolinha de futebol. A uns 3 anos atrás, precisei saber informações sobre um jogo de videogame, logo lembrei que o gamemaníaco Lucas poderia me ajudar. O procurei e quando perguntei o que queria, me vi diante de um moleque de 9 anos de idade na época, sacar o seu celular do bolso, e na minha frente, rapidamente fazer uma pesquisa na internet em seu smartphone e me dar a resposta.

Quando precisei escrever este texto sobre Ciência e Tecnologia, logo me veio à mente esse menino cibernético na cabeça. Conversando com o Lucas outro dia, perguntei se ele realmente curtia todo esse aparato tecnológico, pois não se via ele sem estar mexendo nessas coisas. Pasmem, ele me disse que sim, não conseguia ficar sem estar conectado ou linkado a algum site da internet ou falando no celular, mas que também existia um lado meio chato, porque às vezes ele gostaria de uma certa privacidade e isso atrapalhava um pouco.

A correria do dia-a-dia, não me deixa muito tempo para me atualizar quanto à essas novidades, mas sempre que posso, eu troco uma idéia com o Lucas e faço um download de informações.

1 comentários:

Aline Romero disse...

Bem legal! Tenho um primo parecido com o Lucas. O pai dele não gosta muito, queria que ele subisse em arvores e ralasse os joelhos. Natal passado meu primo pediu um videogame novo de presente. Meu tio concordou, mas só se ele desse umas voltas de bicicleta pelo bairro. Adivinha? Meu primo preferiu ficar com o video game antigo. rs

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