Município combate entulho

quinta-feira, 7 de julho de 2011

              Prefeitura e população se unem na fiscalização de um problema recorrente em São Paulo

Por Marco Antonio Oliveira



A frequência nos Ecopontos cresce consideravelmente.

Na cidade de São Paulo, a legislação vigente proíbe o depósito de entulho em vias e logradouros públicos e aconselha que cada imóvel encaminhe no máximo 50 quilos de entulho por dia para recolhimento da Prefeitura, por meio da coleta domiciliar convencional. Para auxiliar a população, a prefeitura criou os Ecopontos, lugares de depósito do entulho. Atualmente, há 37 Ecopontos na capital.

No Ecoponto pode ser depositado entulho de até 1 metro cúbico, o que corresponde a uma caixa d’água de mil litros ou 25% de uma caçamba. Também são aceitos resíduos da construção civil (cimento, tijolos, restos de azulejo e madeira), móveis velhos, sobras de poda de árvore e outros materiais volumosos. Esta quantidade deve ser obedecida por dia e por endereço. A pessoa interessada em depositar entulho faz um cadastro com dados como: nome, endereço e telefone.

Os materiais são separados para receber, posteriormente, um destino correto e sustentável. Concreto, argamassa e alvenaria são encaminhados ao aterro de inertes; os recicláveis são encaminhados para centrais de triagem afim de obter  comercialização e o material sem possibilidade de reaproveitamento é levado para aterros sanitários, como o de Itaquaquecetuba. O Ecoponto não aceita lâmpadas fluorescentes, pilhas, baterias, gesso e telhas de amianto.
População se queixa do baixo número 
de Ecopontos em São Paulo.


O funcionário do Ecoponto da Vila Guilherme, Rodrigo Barbosa explica que como esse ponto é o único na zona norte, uma grande quantidade de entulho é recebida por dia. “A prefeitura faz a coleta aqui diariamente e vem gente de outros bairros como Guarulhos e Itaim Paulista”. Barbosa conta que houve pessoas que chegaram ao local com uma pilha de pneus, mas não puderam depositar no Ecoponto. A regra para os pneus é a seguinte: diariamente cada indivíduo pode depositar 20 pneus de carros e oito pneus de caminhões.

O vigilante Domingos Moraes trabalha neste Ecoponto há dois anos e conta situações em que pessoas queriam deixar uma quantidade de entulho maior do que era permitido. Alguns cidadãos tentam deixar coisas inesperadas como galões de ácido ou animais mortos. “Eles chegam a nos xingar e dizem que nós não queremos trabalhar. Mas estamos cumprimos ordens”, explica.

Operação Cata Bagulho também é alternativa
para descarte de entulho.
Há duas quadras do depósito havia entulho abandonado e nossa equipe de reportagem questionou o fato. “Eu acho que é uma questão de educação do povo. Eles sabem que tem um local para o entulho e mesmo assim jogam na rua”, justifica Moraes. Há placas próximas aos Ecopontos que informam a proibição do entulho, sujeito à multa de R$500,00. Mas em alguns lugares, o espaço ainda não é respeitado.

Para resolver esse impasse, a prefeitura promove uma vez por mês a operação Cata Bagulho. As equipes passam nos bairros e recolhem materiais como móveis velhos, eletrodomésticos quebrados, madeiras, pneus e utensílios domésticos. O departamento responsável pela limpeza urbana (Limpurb) juntamente com a prefeitura fazem ações pela cidade, procuram caçambas irregulares e atendem denúncias; para tentar combater o excesso de entulho. Para mais informações,consulte o site da prefeitura (www.prefeitura.sp.gov.br).

A frequência nos Ecopontos cresce consideravelmente.
Operação Cata Bagulho também é alternativa para descarte de entulho.

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