Ele voltou, Rock in Rio retorna ao Brasil depois de dez anos

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Evento traz atrações para diversos gostos e acontece entre os meses de setembro e outubro

Por Adriano Alves
Colaboração de Mariana Barbosa


O Rock in Rio volta ao seou berço de origem e
promete fazer história. (Divulgação)
A espera de muitos fãs da arte finalmente terá fim. Um dos maiores eventos de música do mundo está de volta ao seu país de origem. O Rock in Rio, depois de seis edições realizadas pela Europa, retorna para o Rio de Janeiro, de onde, segundo os fãs brasileiros, “nunca deveria ter saído”. De 23 de setembro à 2 de outubro, o Parque Olímpico Cidade do Rock, Barra da Tijuca, receberá as principais bandas do momento, buscando atingir as diversas tribos musicais que existem. Serão 14 horas de festas por dia, com shows no Palco Mundo, Sunset, Eletrônica, Rock Street e ainda roda-gigante, montanha russa, free fall, tirolesa, um shopping com 30 lojas, entre muitas outras novidades que transformarão a Cidade do Rock num verdadeiro parque de diversões para todas as idades.  Bem diferente dos primórdios do evento, o Rock in Rio não é apenas um evento com shows das grandes bandas roqueiras do Brasil e do mundo: Se em 1985, nomes como Queen, AC/DC, Ozzy Osbourne, Rod Stewart, Iron Maiden, B-52´s, Scorpions, James Taylor, Nina Hagen, Whitesnake, Yes, Barão Vermelho, Os Paralamas do Sucesso, Lulu Santos e outros faziam a alegria do público, em 2011, a organização tenta alcançar todos os gostos musicais, com a presença de Ivete Sangalo, Cláudia Leite, Ke$ha, Katy Perry, Jay-Z, Shakira, Janelle Manáe, Jamiroquai, Stevie Wonder e Rihanna. Ainda assim, bandas como Red Hot Chili Peppers, Metallica, Guns ‘n Roses, Slipknot, System of a Down, Lenny Kravitz e Motörhead estarão presentes para a alegria dos fãs tradicionais.


O locutor da rádio Kiss FM, Alexandre Gomes, acredita que o produtor do evento, o empresário Roberto Medina não tem a música como prioridade no festival. Em minha opinião, o objetivo maior do Medina está ligado ao financeiro e não ao estilo rock ‘n roll. Claro que vejo o lado bom da coisa, a interação de diversas tribos, e quem sabe assim deixaremos de ser tão preconceituosos. Mas creio que o nome do evento deveria ser mudado, pois usar “rock” num evento em que predomina o estilo pop não tem nada a ver”, opina. Se alguém achou que essa mistura de tribos seria fatal para o sucesso do evento, cometeu um grande engano. As vendas para os seis dias que haviam bandas no line-up se iniciaram no dia 7 de maio e mesmo com poucas atrações confirmadas, os ingressos se esgotaram em apenas quatro dias. O valor inteiro dos ingressos variaram de R$190 a R$220. Acima de tudo, gostaríamos de agradecer o movimento dos fãs. Temos a certeza de que vamos superar as expectativas e estamos trabalhando para entregar o melhor Rock in Rio de sempre”, afirma Roberta Medina, por meio da assessoria de imprensa do evento.

Um desses fãs é Anderson Masetto, que irá ao evento pela primeira vez neste ano. O jornalista comprou o ingresso quando se confirmaram as atrações de rock, ficando em dúvida entre o dia 25 de setembro, com a presença da banda norte americana, Metallica ou no dia 3 de outubro, com presença da banda de hard rock Guns‘n Roses. Comprei o ingresso antes mesmo de ter a line-up confirmada. Na época a minha esperança era a de que viesse o Pearl Jam, pois havia este boato. No fim eles não vêm para o Rock in Rio, mas vão fazer show em São Paulo. Então, depois de confirmadas todas as bandas, eu fiquei na dúvida entre o Guns ‘n Roses e o Metallica. Acabei optando pelo Metallica, porque amigos que viram o último show deles no Brasil disseram que é muito bom”, explica.  Masetto acha que a infraestrutura parece ótima, mas que está inseguro quantos aos acessos. Segundo ele, a Barra é bem longe e andar de táxi no Rio não é uma boa ideia, tanto em termos financeiros, como de segurança.

Já Gomes relembra a primeira vez em que foi ao Rock in Rio. Na época com apenas 17 anos, o locutor diz que já naquela época usavam o slogan de “por um mundo melhor”, o que o fazia sentir fazer parte de algo grandioso, o que ele considera bem diferente de hoje. “Tenho a sensação de que as pessoas vão ao Rock in Rio pelo merchandising que foi o feito”, opina. Gomes diz que o show que mais gostou naquela edição foi da banda de Porto Alegre, Engenheiros do Havaí, que foi reconhecido por ter realizado uma apresentação equiparada a de estrangeiros pelo jornal norte-americano, New York Times. O roqueiro cita também os shows da banda brasileira Sepultura, e dos norte-americanos Megadeth e Guns ‘n Roses, que tinham várias músicas sendo executadas nas rádios, na época.

Nesta edição, o projeto “por um mundo melhor” prega a ideia da música como alicerce na formação dos jovens. Entre as ações estão, uma grande campanha de doação de instrumentos musicais que inclui a criação da oficina de luthier (profissionais especializados na confecção e manutenção de instrumentos musicais) para capacitação de jovens em assistentes de luthier, montagem de dez salas de músicas em escolas públicas do Rio de Janeiro e a formação de 30 professores de música a partir da metodologia “O Passo”; e ainda a transmissão ao vivo do festival nas comunidades Batan e Cidade de Deus; e o concurso “Um ingresso por um mundo melhor”, destinado a estudantes da rede pública de ensino.
Gomes diz acreditar nesta iniciativa e que há essa preocupação com a conscientização para ajudar o planeta a ser um lugar melhor para as futuras gerações. “Fui no evento e vi a preocupação de conscientizar os jovens, apesar de todo o apelo financeiro. Se todos nós tivermos consciência das nossas responsabilidades no mundo, teremos um planeta melhor para gerações futuras".

Confira o line-up completo:

1 comentários:

Anônimo disse...

Tem que volta RDHC, slipknot, evanescece e system, queria ver charlie brown jr gloria e nx zero toca!

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