Com calendário bastante diversificado, comemoração ocorre
o mês inteiro
Por Nathalia Alves e Tamires Freitas
Desde o último dia 31 de
agosto, os festejos em comemoração aos 389 anos de São Miguel Paulista estão
acontecendo. A data oficial do
aniversário é o último domingo do mês de setembro, mas as comemorações se
estendem até o dia 29. Atividades artísticas, eventos esportivos, homenagens a
benfeitores do bairro, desfile cívico, festas típicas brasileira, japonesa e
árabe e celebrações religiosas compõem a programação comemorativa do bairro.
A Catedral de São Miguel Arcanjo,
onde foi realizada a abertura do evento e será realizado o encerramento, fica
na Praça Padre Aleixo Monteiro Mafra, mais conhecida como Praça do Forró, onde
também está a Capela de São Miguel Arcanjo. Construída em 1560 pelo Padre José
de Anchieta, a capela se tornou um marco na história do bairro, que se
desenvolveu ao seu redor. Por sua importância histórica, em 1938 foi tombada
pelo Patrimônio Histórico Nacional. O Sítio Mirim e a Fazenda da Biacica são os
outros patrimônios tombados do bairro. Seu Eurico dos Santos, membro da
Comissão dos Festejos de São Miguel afirma: “Esse momento traz divertimento e
também o resgate de nossa história, cujo elo da origem do bairro está integrado
à Capela de São Miguel Arcanjo”, concluiu o amante do bairro.
Com forte vocação ao comércio,
o bairro, segundo o Censo de 2010, tem mais de 90 mil habitantes e uma
diversidade étnica que o diferencia: japoneses, chineses, árabes e portugueses são
encontrados pela região, além de ser berço dos migrantes nordestinos.
Este ano, além de manterem
as festas tradicionais e acrescentarem um novo evento na programação, o “Dia da
Harmonia”, a Comissão dos Festejos de São Miguel buscou uma nova forma de
inserir a população no evento, até mesmo antes dele começar. “O diferencial
buscado pela comissão foi um concurso entre as escolas da região para a
confecção do logotipo e slogan que estão sendo usados este ano”, informou Napoleão
Peixinho, coordenador da comissão.
No dia 11 de setembro, a
tradicional Festa Brasileira aconteceu no Mercadão Municipal de São Miguel, na
Av. Marechal Tito. Num ambiente com muita variedade, era possível encontrar barracas
de alimentação até exposição fotográfica. Os artistas plásticos de São Miguel também
apresentaram os seus trabalhos, como pinturas premiadas e artesanatos de todos
os tipos. Para Adinéia Batatinha dos Santos, vice-presidente da Associação dos
Artistas Plásticos de São Miguel Paulista, é muito importante fazer parte da
história do bairro. “Nasci em São Miguel, sou professora aposentada, mas
continuo na ativa passando meus conhecimentos como artista plástica”, diz
a artista.
Quem resolveu passar o dia
no evento não encontrou dificuldades. Com diversas opções de refeições era
possível comer do tradicional pastel até a comida típica baiana. Foi o que fez
Maria Clélia e João Andrade, casal morador da Vila Progresso. “Estamos
aproveitando o dia, já almoçamos e vamos acompanhar um pouco mais”.
Já a sra. Célia Leal Luizão,
acompanhada da filha Vânia Leal e da neta Renata Leal, diz que sempre
participa da Festa Brasileira e que este ano um novo item lhe chamou a atenção:
“Gosto de fotos de época, por isso me interessei por este tipo de trabalho,
fotos envelhecidas. Não me recordo de ter tido esta opção no ano passado”,
disse a moradora da Vila Jacuí.
Além da apresentação do Hino
Nacional, acompanhado pelos escoteiros, um grupo de jovens da colônia
japonesa apresentou um número de tambor. Durante a execução do Hino de São
Miguel foram distribuídas bandeirinhas do bairro e a letra do hino, para que
todos pudessem acompanhar. No espaço da Biblioteca Pública Raimundo de Menezes,
era possível a retirada de livro para leitura no local. Também havia espaço
para contação de histórias.
Na barraca da língua
internacional Esperanto, que foi idealizada por um polonês, havia produtos de
divulgação e a oferta de cursos gratuitos para os interessados na nova língua.
Segundo Osmar da Silva Alves, professor voluntário, a língua tem uma gramática
que facilita o aprendizado. Para Maria José Santos, do Parque Paulistano, que
estudou a língua durante seis meses, diz que além da facilidade do idioma, não
precisou deixar sua língua para estudar outra.
As voluntárias do Hospital
Tide Setúbal também participaram da festa. Kaline Laurindo, coordenadora da
equipe de voluntariado informa que o trabalho inclui leitura e conversas, além
do conforto espiritual e a terapia ocupacional. “Nossa equipe conta com
20 voluntárias, a mais nova tem 93 anos. Juntamente com a leitura, também
fazemos trabalhos artesanais”, explica a coordenadora. Uma outra opção foi o
passeio de trenzinho, que também fez a alegria de muitos adultos.
Aproveite os próximos
eventos, as comemorações seguem até o final do mês.
Confira a programação:
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