Caos no Metrô de São Paulo irrita usuários que sofrem todos os dias

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012


Metrô de São Paulo recebe novos usuários a cada dia. Já são mais de 3 milhões de pessoas que se locomovem pelo principal meio de transporte público da capital


Por Barbara Negri
Passageiros esperando para  embarcar na estação da Sé.
(Por Barbar Negri)


Em São Paulo, mais de 3 milhões de pessoas utilizam o transporte público para se locomover todos os dias para o centro da capital. Mesmo com a integração da linha amarela com o metrô, em setembro de 2011, as pessoas continuam desconfortáveis. Em cada percurso um problema específico. Na ida para o centro, entre 6h e 10h, os passageiros reclamam da lentidão dos trens. Já na volta para o bairro, entre 17h e 20h, a reclamação é taxativa: muita gente querendo embarcar nas principais estações de acesso. Essas principais estações são: Sé, Anhangabaú, Barra Funda e Paraíso. “Essas quatro estações chegam a receber em média 60% do volume de usuários do metrô de São Paulo” – diz Mário Colari, coordenador da CCO, Centro de Controle Operacional do Metrô.  Colari diz que o esquema de funcionamento do metrô está se adequando aos poucos. “Com o aumento da demanda, o metrô busca alternativas para reduzir o tempo de espera e atrasos na circulação, porém, isso não é feito de um dia para o outro”, completa.

Nós já estamos cansados de lutar todos os dias com outros passageiros para conseguir embarcar nas estações”, desabafa Eleneide Soares, empregada doméstica que vai da Guilhermina-Esperança, linha 3 – Vermelha, para a estação Jabaquara, linha 1 – Azul, todos os dias. Eleneide conta que é mais cansativo andar de transporte público do que o trabalho em si, e para conciliar o horário de entrada no trabalho, sai 40 minutos mais cedo de casa.

Raul Maciel, guarda do metrô e auxiliar de embarque da estação Corinthians-Itaquera comenta que “as pessoas estão cansadas de encarar a realidade do transporte público e procuram em nós, funcionários, alguma resposta para quando virá a solução desse problema”. Maciel afirma que o problema não está apenas na superlotação do transporte, mas a falta de consciência de algumas pessoas também afeta a normalidade do sistema. “Já aconteceu diversas vezes acidentes irresponsáveis como objetos que caem na via. Quando isso ocorre a recomendação é sempre retirar o objeto e isso implica não só em parar os próximos trens, mas em atrasar todo o andamento de circulação”. Mário Colari afirma que esses atrasos são responsáveis por quase metade da lentidão dos trens de São Paulo.


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