Metrô de São Paulo recebe novos usuários a cada dia.
Já são mais de 3 milhões de pessoas que se locomovem pelo principal meio de
transporte público da capital
Por Barbara Negri
Passageiros esperando para embarcar na estação da Sé. (Por Barbar Negri) |
Em São Paulo, mais de 3 milhões de pessoas
utilizam o transporte público para se locomover todos os dias para o centro da
capital. Mesmo com a integração da linha amarela com o metrô, em setembro de
2011, as pessoas continuam desconfortáveis. Em cada percurso um problema
específico. Na ida para o centro, entre 6h e 10h, os passageiros reclamam da
lentidão dos trens. Já na volta para o bairro, entre 17h e 20h, a reclamação é taxativa:
muita gente querendo embarcar nas principais estações de acesso. Essas
principais estações são: Sé, Anhangabaú, Barra Funda e Paraíso. “Essas quatro
estações chegam a receber em média 60% do volume de usuários do metrô de São
Paulo” – diz Mário Colari, coordenador da CCO, Centro de Controle Operacional
do Metrô. Colari diz que o esquema de
funcionamento do metrô está se adequando aos poucos. “Com o aumento da demanda,
o metrô busca alternativas para reduzir o tempo de espera e atrasos na
circulação, porém, isso não é feito de um dia para o outro”, completa.
“Nós já estamos cansados de lutar todos os dias
com outros passageiros para conseguir embarcar nas estações”, desabafa Eleneide
Soares, empregada doméstica que vai da Guilhermina-Esperança, linha 3 –
Vermelha, para a estação Jabaquara, linha 1 – Azul, todos os dias. Eleneide
conta que é mais cansativo andar de transporte público do que o trabalho em si,
e para conciliar o horário de entrada no trabalho, sai 40 minutos mais cedo de
casa.
Raul Maciel, guarda do metrô e auxiliar de
embarque da estação Corinthians-Itaquera comenta que “as pessoas estão cansadas
de encarar a realidade do transporte público e procuram em nós, funcionários,
alguma resposta para quando virá a solução desse problema”. Maciel afirma que o
problema não está apenas na superlotação do transporte, mas a falta de
consciência de algumas pessoas também afeta a normalidade
do sistema. “Já aconteceu diversas vezes acidentes irresponsáveis como objetos
que caem na via. Quando isso ocorre a recomendação é sempre retirar o objeto e
isso implica não só em parar os próximos trens, mas em atrasar todo o andamento
de circulação”. Mário Colari afirma que esses atrasos são responsáveis por
quase metade da lentidão dos trens de São Paulo.
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