A atividade dos flanelinhas é ilegal, pois não é permitido cobrar taxas para estacionamento em locais públicos
Por Estefano Perez e Gustavo Oliveira
A dificuldade de estacionar próximo de locais públicos é cada vez maior. (Joaz Nunes) |
Devido ao
aumento da quantidade de guardadores de carros nas grandes capitais, tramita na
Câmara dos Deputados uma proposta do deputado Fabio Trad (PMDB–MS) para criminalização e punição com
detenção de 1 a
4 anos para solicitar ou exigir qualquer tipo de taxa para estacionamento em
via pública.
Devido à ação dessa nova classe de trabalhadores
informais, ficou mais difícil para os moradores de São Paulo estacionar em
frente a faculdades, escolas, bancos, igrejas e outros locais de grande
movimentação de veículos sem “colaborar” com os flanelinhas. O securitário
Marcos Bonnasorte, 23, explica o que faz para estacionar seu carro. “Na
faculdade eu tenho que pagar estacionamento, mesmo possuindo muitas vagas
liberadas nas ruas ao redor. Se eu estacionar e não pagar, o que me garante que
meu carro vai estar inteiro quando eu voltar?”
Marcos Bonnasorte prefere pagar mais e colocar seu carro em um estacionamento privado. (Joaz Nunes) |
Identificar os envolvidos é a principal dificuldade
encontrada pela Polícia Militar, segundo o sargento Irineu Bernardes, 38, que
atua no 10° DP na região da Penha em São Paulo. “Em nossas rondas muitas vezes não
conseguimos prendê-los, pois, para que isso ocorra é necessário o flagrante, o
que não acontece, pois, quando eles nos vêem, acabam se escondendo ou
disfarçando a ação.”
O publicitário Eliel Almeida que utiliza seu veiculo
diariamente, conta que essa ação é cada vez mais comum, não só no entorno da faculdade, mas em qualquer lugar onde
há esse tipo de atividade, como casas de show, jogos de futebol e locais com
grande concentração de pessoas e comércio. “Chegar aqui na faculdade e ser
abordado por alguém que supostamente quer guardar o seu carro é algo triste e
coercivo, pois, se você não colabora, pode correr o risco de ver o seu bem
depredado, além da possibilidade de, entre essas pessoas, estarem criminosos
que não hesitariam em cometer qualquer delito, dada a falta de segurança que
temos visto aqui nas redondezas da universidade”
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