Ação dos flanelinhas pode se tornar crime

quinta-feira, 24 de maio de 2012


A atividade dos flanelinhas é ilegal, pois não é permitido cobrar taxas para estacionamento em  locais públicos

Por Estefano Perez e Gustavo Oliveira

A dificuldade de estacionar próximo
de locais públicos é cada vez maior.
(Joaz Nunes)
Devido ao aumento da quantidade de guardadores de carros nas grandes capitais, tramita na Câmara dos Deputados uma proposta do deputado Fabio Trad  (PMDB–MS) para criminalização e punição com detenção de 1 a 4 anos para solicitar ou exigir qualquer tipo de taxa para estacionamento em via pública.

Devido à ação dessa nova classe de trabalhadores informais, ficou mais difícil para os moradores de São Paulo estacionar em frente a faculdades, escolas, bancos, igrejas e outros locais de grande movimentação de veículos sem “colaborar” com os flanelinhas. O securitário Marcos Bonnasorte, 23, explica o que faz para estacionar seu carro. “Na faculdade eu tenho que pagar estacionamento, mesmo possuindo muitas vagas liberadas nas ruas ao redor. Se eu estacionar e não pagar, o que me garante que meu carro vai estar inteiro quando eu voltar?”
Marcos Bonnasorte prefere pagar mais
 e colocar seu carro em um estacionamento
 privado. (Joaz Nunes)

Identificar os envolvidos é a principal dificuldade encontrada pela Polícia Militar, segundo o sargento Irineu Bernardes, 38, que atua no 10° DP na região da Penha em São Paulo. “Em nossas rondas muitas vezes não conseguimos prendê-los, pois, para que isso ocorra é necessário o flagrante, o que não acontece, pois, quando eles nos vêem, acabam se escondendo ou disfarçando a ação.”

O publicitário Eliel Almeida que utiliza seu veiculo diariamente, conta que essa ação é cada vez mais comum, não só no entorno da faculdade, mas em qualquer lugar onde há esse tipo de atividade, como casas de show, jogos de futebol e locais com grande concentração de pessoas e comércio. “Chegar aqui na faculdade e ser abordado por alguém que supostamente quer guardar o seu carro é algo triste e coercivo, pois, se você não colabora, pode correr o risco de ver o seu bem depredado, além da possibilidade de, entre essas pessoas, estarem criminosos que não hesitariam em cometer qualquer delito, dada a falta de segurança que temos visto aqui nas redondezas da universidade



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