Candidatos obtiveram doações de funcionários durante eleições

De motoristas e chefes de gabinetes: próprios funcionários entregam parte do salário a políticos para campanha

Por Dafne Mazaia 

Justiça Eleitoral admite que funcionários doem 10% do que recebem .
(Banco de Imagens)

Vereadores paulistas ganharam dinheiro de funcionários de seus gabinetes na Câmara Municipal como forma de ajuda à campanha eleitoral, com o intuito de se reelegerem.

Entre os beneficiados pelo apoio estão partidários do DEM, do PSD, do PC do B, do PSDB e do PT. A Justiça Eleitoral permite que pessoas físicas doem 10% de seu salário para auxiliar algum candidato nas eleições, um ano antes de ocorrerem. O apoio precisa, segundo esta lei, ser declarado como doação.

O vereador Milton Leite (DEM) conseguiu R$ 65 mil de nove funcionários de seu gabinete, na liderança de seu partido e na garagem da Casa. Além disso, recebeu de seu motorista, Pedro Luis dos Santos Frade, cujo salário é equivalente a R$ 12, 7, um cheque de R$ 13 mil, conforme a prestação de contas entregue por Leite à Justiça Eleitoral.

Reeleito com 50 mil votos, Netinho de Paula (PC do B) adquiriu R$ 10 mil de sua chefe de gabinete e R$ 1.500 de um de seus assessores.

A campanha de Fernando Haddad (PT), prefeito eleito de São Paulo, também conquistou este tipo de recurso. O vereador Antônio Donato, do mesmo partido e coordenador da trajetória de Haddad durante o período eleitoral, ganhou R$ 2 mil de um de seus assessores.

Alguns funcionários também prestaram serviços voluntários durante esta época para seus candidatos. As ações precisam constar na Justiça Eleitoral como doação.

Fontes: O Estado de São Paulo, Portal MSN,  Boa Informação