Boa alimentação gera adultos mais saudáveis

sexta-feira, 29 de março de 2013


Diabetes tipo dois, colesterol alto e pressão alta são apenas alguns dos males que afetam as crianças acima do peso no Brasil.


Por Lucas Gonçalves


Tratada desde cedo, boa alimentação evita problemas
 de saúde (Banco de imagens)

Nas duas últimas décadas a obesidade infantil tem crescido no país, segundo a Organização Mundial de Saúde. No Brasil, 60% dos adultos têm sobrepeso (estágio inferior à obesidade) ou já estão obesos. Entre crianças e adolescentes, os números também assustam: entre 5 e 9 anos, 33,5% estão com sobrepeso e 14,3%, obesas. Isso se deve a fatores hereditários, mas também a maus hábitos alimentares e sedentarismo.




Para a nutricionista Gláucia Figueiredo Justo, se o sobrepeso se desenvolver na infância ele persiste na idade adulta. “O sobrepeso expõe precocemente a criança a problemas de saúde relacionados ao excesso de peso sem contar que nas crianças pode causar também baixa auto-estima. O excesso de peso nas crianças tem origem diversa, podendo ser genética, elevado consumo calórico ou baixa frequência de atividade física e até uma mistura de todos esses fatores” diz. Para ela, alguns fatores da vida moderna também ajudam as crianças a ficarem cada vez mais sedentárias, elas passam horas em frente ao computador e videogame, reduzindo o tempo com atividades de elevado gasto enérgico.

O Ministério da Saúde lançou um selo para indicar aos pais de alunos de escolas particulares quais são as instituições preocupadas com o controle da obesidade. As instituições de ensino não serão proibidas de vender os alimentos tradicionais, porém as escolas que revisarem o cardápio e oferecerem opções saudáveis e instruírem as crianças sobre a alimentação equilibrada receberão o selo. A mudança de comportamento nas escolas será orientada por uma cartilha, lançada pelo ministro Alexandre Padilha.

O Estudante de escola pública Gabriel Rocha, 13, acredita que essa cartilha deveria ser inserida em escolas públicas. Ele diz que não há nenhuma preocupação sobre alimentação na escola onde estuda. “Os professores não costumam orientar os alunos a respeito de alimentação saudável, pois eles mesmos compram frituras e refrigerantes na cantina, a escola é do governo, creio que o tratamento deveria ser igual”, relata o aluno.

Gláucia Figueiredo orienta os pais para que desde cedo ofereçam alimentos diferenciados aos filhos. “Bons hábitos alimentares podem ser aprendidos desde cedo, permitindo que a criança conheça desde os seis meses a maior variedade de sabores possíveis. A criança aprende pelo modelo dos pais, por isso, quando os veem se exercitando, tal atitude serve de estímulo para que ela aprenda desde cedo a adquirir hábitos saudáveis. Quando os pais são sedentários, os filhos provavelmente o serão, e futuramente podem desenvolver doenças como hipertensão, diabetes e problemas cardíacos”, conta a nutricionista.

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