Bruna Sales tem 22 anos, terminou a faculdade em 2012. Estagiou na Agência Cool, Revista Imprensa e atualmente na Communica Brasil. Trabalha desde os 16 anos, e já foi auxiliar administrativa, recepcionista e auxiliar de vendas, antes de entrar na área. Além de ter feito um curso de diagramação, de informática e Inglês no CNA. Agora ela conta um pouco mais sobre suas escolhas, experiências e sua paixão por escrever.
Bruna Sales é fomarda em jornalismo pela Unicsul e atualmente trabalha na Communica Brasil (Divulgação) |
O que te levou a escolher ser jornalista?
Eu era encantada pelo uso das palavras, pelos livros, pelas revistas, pelos jornais. No ensino médio, meu desejo era fazer História ou Jornalismo. Apreciava escrever redações, gostava das aulas de português, de inglês, enquanto detestava as aulas de matemática, química e física. A partir daí, já começamos a sentir afinidade com alguma área e percebemos aquilo que não nascemos para fazer. De olhos fechados, indecisa entre os dois cursos, sem saber o que seria do futuro, escolhi a segunda opção e não me arrependi.
Qual era sua visão de jornalismo enquanto estudante e o que mudou depois que se formou?
No começo, pensava como muitos estudantes: “Ah, eu gosto de escrever”. Mas no decorrer do curso, aprendemos que o fazer jornalístico vai muito além disso. Aprendi a ter uma visão crítica a respeito de todos os assuntos, um pouco sobre economia, política, cultura, direito, turismo. Aprendi sobre “a prática diária da inteligência e o exercício cotidiano do caráter”, como dizia Cláudio Abramo. Fiquei chocada com veículos de comunicação sensacionalistas e “ditatoriais”. Hoje, depois de formada, tenho uma visão crítica ampla e intensa sobre as notícias e os assuntos abordados. Um jornalista tem que saber ver além do que está ali, na TV, no rádio, no jornal.
Quais as dificuldades enquanto estudante para conseguir um estágio?
Não foi fácil e nenhum caminho é fácil. Participei de diversas entrevistas para conseguir o primeiro estágio e, nesse tempo, perde-se a esperança diversas vezes. Os veículos solicitam que você tenha experiências anteriores, bons cursos, simpatia. Neste momento notamos que a área é realmente um pouco restrita, no entanto, se o estudante é dedicado, inteligente, esforçado e, acima de tudo, consegue colocar na prática tudo o que aprendeu em sala de aula, o espaço está garantido. No meu caso, para conseguir o primeiro estágio, precisei escrever dois texto. Diante disso, foi fundamental saber escrever bem, ter em mãos todos os truques jornalísticos e usufruir bastante da gramática. É preciso ler muito para escrever bem.
Qual área de atuação você mais se interessava quando começou? E permanece a mesma?
Sempre quis trabalhar em redação. Queria meu nome estampado nos jornais, com reportagens belas e dignas elaboradas por mim. Na Universidade, pude praticar muito isso. Atualmente também, porém de uma forma diferente, pois trabalho em uma agência de comunicação e produzo textos para vários clientes. Não vejo meu nome estampado nos jornais, mas me delicio entrevistando pessoas diferentes todos os dias e escrevendo textos sobre diversos assuntos, seja sobre almoços de Páscoa, campanhas solidárias, festivais, inaugurações, festas, etc.
Quais experiências você já teve enquanto estudava? E depois de formada?
Muitas experiências. Uma das mais marcantes foi entrevistar Hamilton Octávio, editor-geral da revista Caros Amigos, um profissional com pensamento humilde, esquerdista e objetivo. Durante o estágio, viajei à Brasília para acompanhar o Prêmio Sebrae de jornalismo, em que conheci jornalistas do país inteiro com experiências diferentes e bagagem cultural peculiar. Também vivenciei reportagens amargas, como uma que fizemos sobre o aumento da passagem de ônibus de São Paulo, enxergando a hipocrisia de quem está no poder e o descaso com a situação pública, mas acompanhei contente a luta dos movimentos sociais que brigam para mudar a realidade. Me formei em 2012 e, por enquanto, estou aproveitando os benefícios de uma vida formada.
Você acredita ter feito uma boa escolha de profissão?
Sim, claro. Penso que não saberia fazer outra coisa. Apesar da área ser restrita, se você for um profissional competente, dedicado e amar o que faz, tudo fica bem. Em relação a questões financeiras, a área corporativa é bem atrativa.
Quais são seus planos para o futuro? Alguma meta a bater?
Iniciei um curso de inglês online, pois na nossa área é fundamental ter um segundo idioma. Pretendo fazer uma pós, talvez ano que vem. Os objetivos e sonhos para o futuro são vários: carro, apartamento, especializações.
Qual o conselho que você dá para os estudantes ou para as pessoas que querem estudar jornalismo?
Ler bastante, principalmente livros jornalísticos, políticos, referentes a nossa área; procurar conhecer os veículos de comunicação, pelo menos os mais importantes, e conhecer mais ainda sobre os veículos que tiver interesse em atuar; prestar atenção nas aulas e não deixar o conhecimento apenas ali, buscar escrever, gravar e se interessar realmente por aquilo que você escolheu; perguntar diante das infinitas dúvidas que vão surgir; se aprofundar em outro idioma, como puder, seja por meio de filmes, livros e internet, que atualmente é um poço de conhecimento se soubermos utilizar. É importante não desistir diante das inúmeras dificuldades, manter o pensamento positivo, ter força, determinação e bom desempenho.
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