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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Mauro Bonfim

Por Thais Gonçalves
Mauro Bonfim, um homem de muitas
atividades. (Por Thais Gonçalves)
Mauro Bonfim é destaque pelas ações que realiza na Zona Leste de São Paulo. Jornalista, Coordenador do CPDOC (Centro de Pesquisa e Documentação de São Miguel) e atual Conselheiro do Meio Ambiente do CADES São Miguel (Conselho Regional de Meio Ambiental, Desenvolvimento Sustentável e Cultura da Paz). Ele é mesmo um homem de muitas atividades. Confira a entrevista que ele deu ao Radar Jornalístico.

Radar Jornalístico: Quais são as diferenças na atuação do jornalista no segundo e terceiro setor?
Mauro Bonfim: Além de trabalhar nesses dois setores, trabalhei também no primeiro setor, quando coordenei o Núcleo de cultura no CEU Vila Curuçá. Entre todos os setores, a atuação do jornalista se parece, no entanto as questões fundamentais é: para quem você produz informação? E qual o código adotado pelo órgão que pretende se comunicar?

RJ: Que conselhos você daria para estudantes desta área?
Bonfim: Procurem sempre, mas de forma equilibrada, novos conhecimentos, independente da área. Hoje nós temos o meio ambiente como uma questão de enorme preocupação para toda a humanidade e que carece de mais informações sobre as mudanças que estão em curso. Talvez esse tema possa oferecer desafios interessantes para esse profissional que está em processo de formação.

RJ: Como surgiu a ideia de montar o projeto CPDOC?
Bonfim: Ele nasceu de um projeto criado em 2006, denominado Projeto São Miguel Paulista e Brasileiro, que teve como objetivo pesquisar a história do bairro de São Miguel com a participação dos jovens do bairro. Essa ação estava incluída nos objetivos da Fundação Tide Setubal que, naquela ocasião, acabara de chegar ao bairro. A partir de várias conversas com a presidente da FTAS, desenhamos e o colocamos em prática durante os anos de 2006 e 2007, passando por ele mais de 60 jovens. O resultado desse trabalho tornou possível a criação do CPDOC em 2008.

RJ: Por que as pessoas devem conhecer o CPDOC?
Bonfim: As questões que têm sido bastante discutidas nos últimos tempos é a questão da identidade. Esse tema não surge por acaso em tempos onde o tamanho do mundo reduz com a adoção das novas tecnologias, onde a comunicação e a visitação de forma virtual estão aí, para nos levar a todos os lugares sem sair do lugar. Logo, a preservação dessa história local passa a ser um ativo importante para a construção da sociedade e principalmente da memória social de uma região. Conhecer essa história e se apropriar dela nos permite saber quem somos e por que somos assim. Só então, é possível propor ajustes, melhorias e transformações sem perder esse ativo fundamental de qualquer nação que é a identidade.

RJ: Você foi eleito conselheiro do meio ambiente do CADES São Miguel. Qual a importância deste conselho para a cidade?
Bonfim: A atenção em relação às transformações que estão em curso no mundo com as catástrofes de ordem ambiental e humana traz para o centro do debate da existência humana a questão da sustentabilidade sócio-ambiental. Não seria aceitável atualmente dispormos da participação das pessoas nos processos de discussão sobre a cidade e os seus caminhos? Nesta direção o CADES, tem um papel importante a desempenhar frente às questões já expostas, porém, numa dimensão regional. A ideia é favorecer a implantação de políticas públicas, acompanhar processos relacionados à conservação de áreas entre outros, mas destaco o papel de ouvidoria da população. Creio que aqui se dá uma importante relação com a sociedade.   

RJ: Qual será a sua contribuição como conselheiro do meio ambiente?
Bonfim: Como jornalista, vou estabelecer, como principal meta, o desenvolvimento de ações que privilegiem a comunicação e os projetos de educação ambiental como atividades presentes no escopo de atuação do conselho. O mandato de conselheiro é de dois anos e para que as transformações, mínimas que sejam, possam acontecer será fundamental a participação da sociedade como um todo e o conselho como representante dessa população tem como obrigação estar atento e aberto para ouvir, promover e incentivar a participação da população na busca de soluções para os problemas que, diga-se de passagem, não são poucos.

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