Recém-formado: pouca experiência e muitos desafios

sexta-feira, 3 de junho de 2011



Para o jornalista Rogério, é preciso focar nos objetivos e se
manter preparado sempre. (Acervo pessoal)
 Certamente, você já deve ter lido dezenas de matérias falando sobre os desafios do mercado de trabalho, principalmente para os recém-formados. O mundo da comunicação, enquanto negócio, está cada vez mais concorrido e acirrado, impondo a cada dia novos desafios às empresas que, consequentemente, precisam de profissionais cada vez mais preparados. Já a comunicação do ponto de vista estrutural tem se tornado cada vez mais complexa e dinâmica, o que impõe a necessidade de amplo conhecimento sobre o seu funcionamento.

Embora, no Brasil muitas áreas careçam de mão de obra qualificada, um perfil de jovens está se tornando cada vez mais comum em seleções de profissionais, são jovens recém-formados e super capacitados. Eles se apresentam, para as empresas, bem afinados em outros idiomas e trazem na bagagem viagens ao exterior, pós-graduação, trabalhos voluntários e muitas outras qualidades.

Juntando os desafios crescentes do mercado, uma economia globalizada e o aumento da capacitação dos candidatos, não temos como fugir da velha pergunta: como se sobressair e conquistar um lugar ao sol?  

Essa resposta inclui tantos itens que seria melhor fazermos um caminho inverso e explanarmos sobre do quê o profissional não pode abrir mão em tempos em que as vagas estão sendo disputadas ‘à foice’

Hoje em dia, a Universidade está longe de ser um ambiente em que o jovem deve apenas se afogar em livros. Ela apresenta um número grande de oportunidades que não devem ser desperdiçadas: o networking com colegas e palestrantes, futuramente poderá render indicações de emprego; as experiências acadêmicas como trabalhos de imersão de campo e projetos de rádio e TV poderão ser apresentados como portfólio etc. 

Durante o período de graduação também podemos utilizar uma excelente porta para o mercado de trabalho que é o estágio. Nada pode aproximar mais o estudante da área de formação do que a própria atuação dele entre os profissionais. Além disso, pequenos erros cometidos durante o estágio poderão ser considerados imperdoáveis quando ele estiver atuando como profissional de fato. Vale a pena errar, e obviamente, aprender na hora certa. O estágio é a hora de fazer contatos, aprender o ofício e adquirir experiências. Um estágio bem aproveitado pode ser o ‘ponta pé’ para uma bela carreira. 

Depois do curso de formação as opções não são muitas, senão o bom e velho diploma debaixo do braço. É nessa hora que os trabalhos acadêmicos, o networking que citamos e os trabalhos voluntários podem fazer a diferença. Já o inglês só fará diferença se você não o tiver. O domínio de outro idioma já deixou de ser considerado diferencial há algum tempo e hoje é considerado requisito básico para o mercado de trabalho. 

A regra de modo geral é quanto mais, melhor. Intercâmbio, domínio de diversos idiomas, formações complementares, tudo isso conta a favor do recém-formado e aumenta as chances de começar a carreira em uma boa empresa. A palavra de ordem é ‘antenado’.  É preciso estar atento ao que acontece a sua volta e no mundo, para não ficar para trás. 

Somente no ano de 2010, o homem produziu mais informação do que toda a humanidade em sua história, por isso, absorva todo conhecimento que puder e não abra mão das novas tecnologias, já existem pessoas sendo reprovadas em processos de seleção por não conhecerem ferramentas como Orkut, Facebook e Flicker. Aliás, usar de todos esses meios para buscar vagas, enviar currículos e conhecer pessoas é sempre válido.  

Algumas pessoas reclamam da falta de oportunidade, mas será que elas já se perguntaram o que faria um empresário lhe remunerar com três mil reais ao final do mês? Sabemos que no mercado capitalista em que vivemos, para recebermos três devemos produzir pelo menos dez, será que temos a competência para tanto? Com base nesse exemplo podemos sintetizar que para um bom início de carreira é preciso focar nos objetivos, traçar metas, e, não se preparar, mas manter-se preparado, sempre.

Por Rogério Barbosa
Jornalista formado pela Universidade São Judas Tadeu em 2009
Produtor da Rede Nova Geração de Televisão e Rádio 89,7 FM Everest

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