Por Luana Trindade
Artista plástica
Luana Trindade (Mônica de Souza) |
Comecei o teatro com 7 anos de idade, morando em São Bernardo do Campo e
fazendo teatro na escolinha Municipal. Quando estava prestes a fazer 8 anos,
entrei no grupo juvenil da escola Livre de Teatro St. André, onde fiz até os 9
anos. Nisso eu já havia feito quatro peças teatrais e amava o teatro. Embora
com essa idade eu fosse muito tímida, me transformava nos palcos, ainda fazia
papéis pequenos, sem muita significância.
Até que aos 9 anos completos fiz um teste para entrar na escola de Artes
de São Caetano do Sul. A fundação é considerada uma das escolas de artes mais
bem conceituadas do Brasil, formando atores como Fábio Assunção, Odair Franco,
entre outros.
A minha vida nos palcos rendeu até os 17 anos, quando me formei e já
havia feito mais de 20 peças, incluindo um ótimo trabalho sobre a Ditadura
Militar de 68, adaptado do livro ‘A Invasão dos Bárbaros’, de Consuelo de
Castro.
Bem, quando me formei, o teatro já não era o meu único foco, e percebi
que não era lá que encontrava a minha admiração. O teatro era o meu pequeno
hobby, eu contemplava o teatro como muitos contemplam uma obra de arte
expressionista de algum artista desconhecido. O sonho de ser atriz atuante
acabou sendo o sonho da minha família, eu deixei de amar o que tanto fazia.
Contudo, o teatro me mudou por completo, meu jeito de ser, agir e pensar. Hoje
sou uma artista plástica, graças ao teatro, que me ensinou disciplina, a ser o que
queria ser.
Não exerço a vida dos palcos mais, mas amo a arte de outra forma.
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