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Ted estreou dia 21 de setembro nos cinemas brasileiros. (Divulgação) |
Crítica: Filme
Quando o telespectador pensa que já viu de tudo, se depara
com um filme em que o ator principal é um urso de pelúcia. Isso mesmo, aqueles
fascinantes brinquedos que enfeitam, são fofinhos, apaixonantes e não falam. Mas
na animação Ted esta imagem muda
completamente, já que ele é totalmente o oposto do habitual, boca suja,
sensação da mulherada, engraçado, e ainda consegue mesmo assim, ser apaixonante.
Quando criança, John Bennett (Mark Wahlberg) é sozinho, sem amigos e vive infeliz por isso. Em
uma manhã de Natal, seus pais dão um brinquedo simples, um ursinho de pelúcia
adorável, com o nome de Ted. John e Ted se tornam grandes amigos, e o menino
faz um pedido de natal inusitado, ele gostaria que o seu ursinho de pelúcia
criasse vida e se tornasse seu amigo de verdade. Por incrível que pareça ou
apenas um grande milagre de natal, o brinquedo ganha vida e a partir deste
momento, nasce uma amizade muito estranha, porém verdadeira. Ao passar dos
anos, os dois continuam amigos e passam a ser totalmente irresponsáveis, vivem
fumando maconha, assistindo televisão, falando palavrões e bebendo várias
cervejas. Ambos ainda ganham uma companhia, Lori (Mila Kunis), namorada de John
há quatro anos, que não aceita que o namorado com 35 anos ainda seja amigo de
um urso, falte no serviço para ficar com ele e ainda por cima, coloque a
amizade com Ted sempre à frente de tudo e todos. Os três entram em grande
conflito, até que John tem que escolher entre o amor e uma grande amizade.
Um filme surpreendente e que consegue contagiar o público,
mesmo sendo uma grande adaptação de contos de fadas impossível de acontecer.
Ted consegue mesmo sendo tão errado, cativar os telespectadores em momentos de
grande comédia e ao mesmo tempo, consegue emocionar. Não é a toa que é atualmente
a maior bilheteria nos Estados Unidos e Canadá.
O diretor do filme Seth MacFarlane estreia sua visão
cinematográfica muito bem, diante de muitos trabalhos bem sucedidos como
roteirista. Aliás, o mais bem pago. Além de ser o criador de Uma Família da
Pesada, grande sucesso nos EUA, colaborou com a criação de Ace Ventura e Jhonny
Bravo. Percebe-se então, que MacFarlane tem grande visão para o humor e
conseguiu passar isso para as telonas.
O filme conta também com uma ajuda especial da computação
gráfica para dar vida ao urso Ted. Na maioria das vezes quem dá vida ao
bichinho é o próprio MacFarlane com um sistema que permita o computador de
copiar esta simulação realística dos gestos e empresta sua voz para dublar o
urso.
Assistindo ao filme, além do elenco estar bem entrosado e os
atores conseguirem mostrar isso, o público passa a acreditar que é possível um
ursinho de pelúcia fazer parte do nosso dia a dia. Não apelando para cenas
fortes, o filme usa e abusa de assuntos que fazem parte do cotidiano, se acabam
de rir naquele humor incorreto, mas que deixa o telespectador encantado. A ideia do filme é ousada e surpreendente, mas
mostra que a imaginação cria situações aparentemente inaceitáveis, que dão
certo e que podem realmente valer a pena.
Por Déborah Aranhos
Direção: Seth MacFarlane
Classificação: 16 anos
Distribuidora: Paramount e Universal
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