Ayres Britto se aposenta em novembro ao completar 70
anos e pode sair sem deixar penas do mensalão por
escrito
Presidente do STF pode se aposentar sem julgamento ter terminado. (Banco de Imagens) |
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ayres Britto
deixará a Corte no dia 14 de novembro e ainda tem dúvida se colocará as
sugestões de penas por escrito. A conclusão do processo do mensalão
no STF deverá ocorrer depois da aposentadoria do presidente.
O ministro Joaquim Barbosa
assumirá seu lugar. Ayres Britto, porém, tem se mostrado desconfortável com a
hipótese de não participar dos debates finais do julgamento.
Desde o dia 23 de outubro, a fixação das penas provoca
polêmica. Os ministros não conseguem chegar a um critério objetivo para as
punições, o que deixa o julgamento imprevisível.
Essa situação é o principal empecilho para que Ayres
Britto deixe seu voto por escrito, pois um exemplo das limitações das penas
fixadas com antecedência é o caso do ex-ministro Cezar Peluso. No início do
julgamento do mensalão, ele logo se aposentou e deixou por escrito somente
parte das condenações. Seu voto frequentemente foi esquecido pelos colegas por
não se encaixar em nenhuma corrente majoritária. O voto acabou sendo isolado,
sem possibilidade de ser alterado. É esse tipo de situação que Ayres Britto
quer evitar.
Fontes: Portal Terra; IG; Folha de S. Paulo
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