Torneio resgata o futebol de várzea e leva milhares de torcedores aos estádios

Copa Kaiser começa em março mobilizando cerca de 190 comunidades em função do campeonato

Por Cauana Moraes

Pequenos times lotam estádios
como clubes grande. (Banco de Imagens)

No dia 26 de fevereiro, foram definidos os 48 grupos da Etapa 1 da Copa Kaiser de Futebol Amador que está em sua 16ª edição. Essa edição de 2013 terá 192 equipes, sendo 96, só da Zona Leste. A primeira rodada será iniciada no dia 17 de março de 2013, com um jogo entre as equipes Ajax, da Vila Rica, que é o atual campeão, contra o Águia, da Rocinha. O jogo vai ser na Arena Kaiser, a partir do 12h45m.

Em 1995 o futebol amador ou de várzea como é mais conhecido, estava sem um bom campeonato para ser disputado. Foi então que surgiu a copa Kaiser de Futebol amador. Em 1997, devido ao crescimento da disputa, foi estabelecido o número de 160 equipes, contando com um sistema de rebaixamento. A partir de 2009, o campeonato começou a ter uma série B. Depois de 16 anos, a copa Kaiser de futebol amador recebeu maior notoriedade de vários meios de comunicação, dando mais atenção a esse tipo de futebol e resgatando as raízes do futebol. Essa competição já recebeu mais de 1,5 milhão de torcedores, mais de 13 mil jogos foram disputados e conta com mais de 380 equipes disputando a série A e B do campeonato.

Segundo Dirceu Claudino, um dos diretores do Ajax, é a força, a união, o apoio da comunidade e de alguns empresários que curtem o futebol de várzea que levaram o time a ser campeão. Porém, em 2009, quando eles foram vice, levaram o maior público do campeonato, foram cerca de 15.000 torcedores na Arena Kaiser. “Quando ficamos sabendo que a final seria no Pacaembu, acho que já sabíamos que teria que ser um palco dessa grandeza”, e completa: “ A comunidade toda em uma festa inesquecível, levamos cerca de 50 ônibus e muitos carros para a grande final, muitos choravam de alegria e é realmente muito gratificante ser campeão enfrentando todos os desafios e dificuldades de um esporte sem tanta divulgação e falta de grandes patrocínios”.