Por Dener Sabino
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Japinha acredita no crescimento
cultural da Zona Leste
(Arquivo Pessoal) |
Ricardo Di Roberto, baterista, tocará no Sampa
Music Festival 6 com suas duas bandas de hardcore, CPM 22 e Hateen. Japinha,
como é conhecido, se apresentará dia 22 de abril de 2012 no Espaço Victory,
Penha. Em 2011 durante o Rock in Rio, o vocalista Corey Taylor teve experiência
parecida tocando seu post-grunge da Stone Sour e o nu-metal de Slipknot no
mesmo evento, porém, em dias diferentes, 24 e 25 de setembro, respectivamente.
Nesta entrevista para a Agência Radar Jornalístico, Japinha nos conta um pouco
sobre as expectativas sobre o evento.
Agência Radar Jornalístico - Como está
a expectativa de participar do evento?
Ricardo Japinha: A expectativa é grande e boa,
afinal, é um dos grandes shows do circuito de São Paulo. Tanto a banda quanto o
público já vêm falando deste show há algum tempo, aumentando a ansiedade.
ARJ - Você tocará no Sampa com as duas
bandas (CPM 22 e Hateen)? Qual a
sensação e há algum preparo especial para fazer um show duplo?
RJ: A sensação é duplamente empolgante,
pois são as duas bandas que ajudei a montar e crescer, portanto pelas quais
tenho muito carinho e amor. O preparo é estar bem descansado e alimentado. O
resto é ir para lá com muita vontade e animação, que tudo vai ser maravilhoso.
Talvez eu leve uns aditivos para tomar entre um show e outro (proteína,
vitaminas).
ARJ - O Hateen teve sua origem na Zona
Leste em 1994, assim como outras tantas bandas que vêm se destacando no cenário
Underground com a mesma origem. Qual
sua opinião sobre o grande número de bandas da região (Zona Leste) que se
destacam?
RJ: Sou de lá, da Zona Leste, então sou
suspeito pra falar bem. Mas sinto que é uma região de São Paulo que vem
crescendo não só no sentido geográfico, mas também em termos culturais e
artísticos. O desenvolvimento econômico somado à intensidade (em todos os
sentidos da vida) dos moradores da ZL têm propiciado um grande potencial, em
vários aspectos. Desde que montamos o Hateen no Belenzinho e na Mooca, temos
tocado em shows e festivais na Zona Leste, em especial na Penha e em Itaquera.
Tomara que só continue a crescer, gosto muito da ZL.
ARJ - Acredita que o evento pode tanto
aumentar a popularidade de uma banda consagrada quanto revelar novas bandas
para o cenário?
RJ: Acredito que todo e qualquer show, independente do
tamanho, tenha essa característica. Uma das coisas que sempre falo, quando me
pedem dicas para as bandas que estão começando, é sempre irem tocar onde forem
chamados. Em um caso desses, um festival deste porte, mais ainda, pois a
visibilidade, o boca a boca é maior. Quanto ao fato de ser consagrada ou não,
penso que toda banda nunca está com o jogo totalmente ganho, muito menos seus
integrantes, pois, quanto maior o voo, maior pode ser a queda.
ARJ - Gostaria de deixar um recado
para o pessoal que está interessado em ir ao evento ou para os fãs de Hateen e
CPM 22?
RJ: Puxa, espero que vão e curtam. Da minha parte, é certeza
que estou animado e feliz por poder tocar mais uma vez na Zona Leste e na minha
cidade, São Paulo. Vai ser bem legal este dia, eu acredito, então, aproveito o
espaço para chamar vocês que estão me lendo para irem curtir um festival de
rock que, com certeza, vai ser bem agitado.